Voltamos a Libreville menos angustiados do que quando partimos. Nossa estadia no Brasil foi intensa, mas saímos de lá com a esperança e o amor renovados. Após uma longa cirurgia, minha sogra conseguiu superar os riscos maiores e agora é se recuperar e se adaptar às mudanças na rotina.
Mais uma vez agradeço a todas as mensagens de carinho que recebemos neste período.
O retorno a Libreville foi cheio de emoções. Saímos de Curitiba no dia 21/06 pela manhã e de lá foi São Paulo - Joanesburgo - Libreville. Em todos os voos fomos agraciados por atrasos, mas que não comprometeram os voos seguintes. Tivemos ainda, a companhia (desde SP a Libreville!) de agentes da polícia federal colombiana acompanhando 2 presos - iriam a Douala, nos Camarões, próxima escala do voo - e uma inusitada revista das bagagens de mão com cães farejadores no desembarque em Joanesburgo.
Já eram quase oito da noite do dia 22/06 quando chegamos em casa, depois de mais de 20 dias vivendo uma situação de tensão total, cansaço físico e mental, jet lag... E então, quem estava nos aguardando? ELAS! AS CAIXAS DA MUDANÇA. Elas tomaram boa parte da sala, da cozinha, e dos quartos e ainda hoje estou tropeçando em algumas delas...
Mas boa notícia para os mais preocupados: nada se perdeu e nada se quebrou, nem as taças de cristal! A empresa que fez o nosso transporte foi a Quavis. Rápidos e embalagens bem feitas, sem stress com a equipe de mão-de-obra. Porém, não cumpriram o prazo estipulado e não nos mantiveram informados sobre o status/localização da carga durante o percurso.
Nessa loucura dos últimos dias, tomamos uma decisão: de permanecer neste apartamento mobiliado que estamos. Ele funciona como um loft, com todos os serviços incluídos (luz, água, internet, TV a cabo). Caso mudássemos para o apartamento que queríamos, teríamos que fazer todos esses contratos, além de ter que comprar alguns móveis para preencher o apartamento (lembrando que saímos de um mini apartamento de Brasília). Tudo isso seria um gasto enorme e tudo sem a qualidade e o estilo que queríamos para a nossa casa. Para ter idéia, uma mesa de oito lugares - do jeito que gostaríamos - chegaria a custar vinte mil reais nestas terras.
Com a decisão de ficarmos neste apartamento mobiliado, tivemos de nos desfazer de muitos dos nossos móveis e outros objetos que não caberiam aqui. Resolvemos doar estes itens para pessoas próximas, conforme a necessidade. A decisão acabou se provando ótima, pois desembaraçamos nossa vida, facilitamos a próxima mudança e ainda fizemos algumas pessoas mais felizes!
De alguma forma e na hora certa conseguimos perceber que o que realmente importa é a VIDA e que, mais do que nunca:
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