Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012

E os filhos?

Ainda não os tenho, mas tenho percebido que sua educação é o tema que mais preocupa quem os têm na hora de ir ao exterior. Tenho conhecido muitos expatriados com filhos em idade escolar e o consenso entre eles parece ser de que a parte mais difícil da expatriação é a questão da adaptação dos filhos ao novo país e o prosseguimento de sua formação escolar. O assunto é o "número um" na quantidade de preocupações e reclamações, seguido pela questão das dificuldades de adaptação de cônjuges que deixam suas vidas profissionais para seguirem a pessoa amada. Esses dois assuntos são responsáveis por grande parte das insatisfações, discussões e casos de fracasso na expatriação. Não estamos falando, afinal, de férias de fim de ano e nem de alguns meses conhecendo a cultura de um país... estamos falando de mudanças de anos e anos, estruturais. É a tentativa de se tentar manter viva sua cultura, língua e modo de vida em meio a mundos muito diferentes.  Para este post, contei com a

Sobre Malária

Rodando pelo mundo acabamos ficando expostos à uma série de riscos, entre eles as questões de segurança e saúde são os mais delicados. Podemos tomar uma série de ações de prevenção no caso da saúde, como vacinas, medicamentos e etc, mas a melhor ainda é a informação! Sabemos que as condições para os funcionários do Serviço Exterior Brasileiro e suas famílias precisam evoluir - principalmente se comparadas às já adotadas por outros países, empresas privadas e organismos internacionais - enquanto não chegamos no ideal, o melhor é tomarmos algumas providências. Morando aqui na África vi que é possível viver com tranquilidade, sem tanta neurose com os perigos da malária, basta seguir algumas recomendações importantes. Deixo abaixo um resuminho que fiz e que poderá ajudar a eliminar as primeiras dúvidas. Lembrando que o  mais importante é prevenir e caso seja picado por algum mosquito é bom ficar bem alerta aos sintomas e aos procedimentos: A  malária é uma doença comum na África,

Haja coragem

Muitos são os desafios para aqueles que aceitam a missão (no sentido mais amplo da palavra) de trabalhar em postos D, os mais difíceis do serviço exterior brasileiro. Mais um caso extremo infelizmente aconteceu. A Assistente de Chancelaria Berenice Ferreira faleceu de malária e febre tifóide nesta semana. Ela estava em missão em Malabo, na Guiné Equatorial, país vizinho aqui do Gabão. Assim como a diplomata Milena Medeiros , ela faleceu em virtude do agravamento do seu quadro e fez, uma vez mais, o Brasil conhecer o "lado B" de seu serviço exterior. As famílias que entram nessa "aventura" de representar o Brasil em locais que apresentam riscos precisam de auxílio, informação e maior suporte do governo. Muitos e frequentes são os casos de malária entre funcionários e contratados locais, mas não são só as doenças que ameaçam... Existem os riscos de atentados, furacões, terremotos, distúrbios civis. Todos esses casos ocorreram nas duas últimas semanas em alguma par

Descobrindo a África

No último post comentei sobre a falta de água durante 4 dias em Libreville, isso já faz uns 10 dias... A distribuição de água voltou na data prevista e a rotina voltou ao normal. Na verdade, nem tanto! Tiveram 2 feriados nas últimas 2 semanas - explicando o meu sumiço! =) Na sexta-feira, dia 26 de outubro foi o feriado islâmico de Eid al-Adha ou Festa do Sacrifício. O Gabão adota os feriados islâmicos, mas também os feriados católicos. Aproveitamos o feriadão para também fugir da falta de água e fomos nos aventurar a apenas 300 Km de distância:  na ilha paradisíaca de São Tomé e Príncipe, que possui cerca de 160 mil habitantes! Até 1470 as ilhas eram desabitadas. Descoberta pelos portugueses que a dominaram até 1975. Importaram mão-de-obra escrava das demais colônias para a produção de cana-de-açúcar, café e cacau. Marco do Equador. A linha que separa os hemisférios. Desfrutamos de maravilhosos dias de sol, de história, de paisagens de encher os olhos e o coração. Re