No dia 09 de dezembro de 2011, foi enfim definido o país que iríamos: Gabão, na cidade de Libreville.
Como eu havia comentado, nos casamos no dia 11 de dezembro e adivinhem o principal assunto da nossa lua-de-mel? A mudança. Bom, foram tantas coisas a serem providenciadas, tantos assuntos que nem imaginávamos que teríamos que lidar... Sinceramente, pensávamos que tudo isso seria mais simples e rápido, mas não foi.
Primeiramente definimos a data de partida - 20 de março. Retornamos da lua-de-mel dia 01 de janeiro de 2012, ou seja, teríamos cerca de 3 meses para nos organizarmos. No Gabão, fala-se francês e eu tive um mínimo contato com esta língua ao longo da vida, então esse foi o primeiro desafio. Fiz curso intensivo de francês durante os meses de janeiro e fevereiro. Aulas diárias somadas a exercícios de leitura em casa. Não tive muita dificuldade e gosto da língua.
Posso até dizer que as aulas diárias de francês foram a parte mais fácil e tranquila desta odisséia. Formulários, formulários e formulários! Passamos diversas noites preenchendo formulários e muitos dias em cartórios. Burocracia e lentidão. Foram transferências de veículos, vendas, procurações, registros de firma, autenticações, inspeções veiculares, taxas, taxas, taxas e mais taxas. Boa parte da ajuda de custo para a remoção vai nisso.
Também tem a parte médica. Além das infinitas pesquisas sobre a geografia, história e lazer de Libreville, também foram horas, dias, semanas, pesquisando sobre as doenças e formas de prevenção. Logo no início das nossas buscas um fato muito triste ocorreu. Uma jovem diplomata brasileira havia realizado uma visita a trabalho em um país da África (em que acompanhou o Ministro Patriota a Malabo - Guiné Equatorial) e devido ao diagnóstico tardio acabou falecendo. Este fato foi recebido com grande comoção e nos alertou para o perigo que estamos sujeitos. E isso nos fez aumentar as pesquisas a respeito da malária. E se antes nem pensávamos em levar qualquer tipo de repelente, as pesquisas nos mostraram que existe apenas um tipo de repelente no Brasil que pode ser usado para a prevenir a picada de mosquitos transmissores de malária. Entramos em contato com o laboratório e compramos diversas unidades deste repente. Sim! DIVERSAS! Também, inclui-se nesse pacote de medicamentos, compras de mosquiteiros e ainda uma longa lista de medicamentos de primeiros socorros e vacinas. Ou seja, uma relevante parte da ajuda de custo providenciada pelo Governo para a remoção de diplomatas (pelo menos para áreas de risco, ou seja, postos D) é utilizada para a saúde.
E claro, a mudança em si. Serão 60 dias (eu espero) para que nossa mudança chegue em Libreville. Irá por via marítima. Sendo assim, resolvemos despachar nossas coisas no dia 28 de fevereiro, assim, ficaremos apenas 1 mês em Libreville como nômades. Tempo ideal para procurarmos uma casa e chegar a mudança. Hoje nossa vida já começa a parecer um acampamento! Malas praticamente prontas, caixas de papelão e toda aquela confusão... vendemos a geladeira e a máquina de lavar roupas (por possíveis problemas de frequência que poderia existir com os motores) A geladeira já se foi. Sobrou o isopor (!)
Finalizando este longo post, porém bastante resumido, eu não poderia deixar de falar que a ansiedade é grande, a empolgação inicial vai aos poucos se tornando em saudade e mesmo Brasília passa a ter aquele ar de despedida... Após 1 ano e 2 meses de vida em Brasília eu só consigo lembrar de bons momentos. Boa música, muitas festas e amigos, verdadeiros amigos!
Como eu havia comentado, nos casamos no dia 11 de dezembro e adivinhem o principal assunto da nossa lua-de-mel? A mudança. Bom, foram tantas coisas a serem providenciadas, tantos assuntos que nem imaginávamos que teríamos que lidar... Sinceramente, pensávamos que tudo isso seria mais simples e rápido, mas não foi.
Primeiramente definimos a data de partida - 20 de março. Retornamos da lua-de-mel dia 01 de janeiro de 2012, ou seja, teríamos cerca de 3 meses para nos organizarmos. No Gabão, fala-se francês e eu tive um mínimo contato com esta língua ao longo da vida, então esse foi o primeiro desafio. Fiz curso intensivo de francês durante os meses de janeiro e fevereiro. Aulas diárias somadas a exercícios de leitura em casa. Não tive muita dificuldade e gosto da língua.
Posso até dizer que as aulas diárias de francês foram a parte mais fácil e tranquila desta odisséia. Formulários, formulários e formulários! Passamos diversas noites preenchendo formulários e muitos dias em cartórios. Burocracia e lentidão. Foram transferências de veículos, vendas, procurações, registros de firma, autenticações, inspeções veiculares, taxas, taxas, taxas e mais taxas. Boa parte da ajuda de custo para a remoção vai nisso.
Também tem a parte médica. Além das infinitas pesquisas sobre a geografia, história e lazer de Libreville, também foram horas, dias, semanas, pesquisando sobre as doenças e formas de prevenção. Logo no início das nossas buscas um fato muito triste ocorreu. Uma jovem diplomata brasileira havia realizado uma visita a trabalho em um país da África (em que acompanhou o Ministro Patriota a Malabo - Guiné Equatorial) e devido ao diagnóstico tardio acabou falecendo. Este fato foi recebido com grande comoção e nos alertou para o perigo que estamos sujeitos. E isso nos fez aumentar as pesquisas a respeito da malária. E se antes nem pensávamos em levar qualquer tipo de repelente, as pesquisas nos mostraram que existe apenas um tipo de repelente no Brasil que pode ser usado para a prevenir a picada de mosquitos transmissores de malária. Entramos em contato com o laboratório e compramos diversas unidades deste repente. Sim! DIVERSAS! Também, inclui-se nesse pacote de medicamentos, compras de mosquiteiros e ainda uma longa lista de medicamentos de primeiros socorros e vacinas. Ou seja, uma relevante parte da ajuda de custo providenciada pelo Governo para a remoção de diplomatas (pelo menos para áreas de risco, ou seja, postos D) é utilizada para a saúde.
E claro, a mudança em si. Serão 60 dias (eu espero) para que nossa mudança chegue em Libreville. Irá por via marítima. Sendo assim, resolvemos despachar nossas coisas no dia 28 de fevereiro, assim, ficaremos apenas 1 mês em Libreville como nômades. Tempo ideal para procurarmos uma casa e chegar a mudança. Hoje nossa vida já começa a parecer um acampamento! Malas praticamente prontas, caixas de papelão e toda aquela confusão... vendemos a geladeira e a máquina de lavar roupas (por possíveis problemas de frequência que poderia existir com os motores) A geladeira já se foi. Sobrou o isopor (!)
Finalizando este longo post, porém bastante resumido, eu não poderia deixar de falar que a ansiedade é grande, a empolgação inicial vai aos poucos se tornando em saudade e mesmo Brasília passa a ter aquele ar de despedida... Após 1 ano e 2 meses de vida em Brasília eu só consigo lembrar de bons momentos. Boa música, muitas festas e amigos, verdadeiros amigos!
Oi! Seu blog é muito interessante! Continue postando.
ResponderExcluirUm abraço e boa sorte!
Obrigada, Paulo!
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