Dizem que para quem parte é mais fácil. Que a nova rotina, as novas amizades e descobertas ocupam seu tempo e disfarçam a dor da partida.
Quem fica sofre, tem rotina. Mesma casa, mesma roda de amigos. Afeição sem “forçação”.
A parte que parte é aquela que não será perturbada “a não ser que seja grave”. É aquela que não vai no casamento, no nascimento, no churrasco ou no “passei pra tomar um café...”
A parte que parte é privada da dor e da felicidade. Até que é fácil compartilhar a felicidade à distância. E a dor? Falta abraço, simplesmente falta. Não estar presente dói. E a minha parte? Eu parti.
“Você precisava ir”, dizem.
Volto. Quero reconectar. Tem o amigo engraçado, o que reclama, o esperto... e eu? Eu parti.
Puxo uma conversa aqui e outra ali. Ufa, consegui. Reconectei. Acabou. Hora de partir. “Volte com mais tempo..." Pois é...
Parti e essa parte me parte.
Celina Bühler da Silva
Publicado no Boletim AFSI - N.08 - Novembro 2018
Coluna: Associados de Talento
Quem fica sofre, tem rotina. Mesma casa, mesma roda de amigos. Afeição sem “forçação”.
A parte que parte é aquela que não será perturbada “a não ser que seja grave”. É aquela que não vai no casamento, no nascimento, no churrasco ou no “passei pra tomar um café...”
A parte que parte é privada da dor e da felicidade. Até que é fácil compartilhar a felicidade à distância. E a dor? Falta abraço, simplesmente falta. Não estar presente dói. E a minha parte? Eu parti.
“Você precisava ir”, dizem.
Volto. Quero reconectar. Tem o amigo engraçado, o que reclama, o esperto... e eu? Eu parti.
Puxo uma conversa aqui e outra ali. Ufa, consegui. Reconectei. Acabou. Hora de partir. “Volte com mais tempo..." Pois é...
Parti e essa parte me parte.
Celina Bühler da Silva
Publicado no Boletim AFSI - N.08 - Novembro 2018
Coluna: Associados de Talento
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